Embora alguns problemas de visão pareçam simples, é preciso se atentar. Independente do grau, a deficiência visual pode se agravar e comprometer as funções cognitiva, como memória, percepção, atenção e linguagem. A relação entre a visão e o cérebro foi resultado de uma série de estudos; veja a seguir.
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Cerca de 1,2 mil homens e mulheres com idade entre 60 e 94 anos foram acompanhados pelos pesquisadores da JAMA Network Open e passaram por testes de visão e cognição entre 2003 e 2019. Os resultados, publicados neste ano, apontam que as pessoas que tiveram baixa pontuação nos testes visuais eram mais propensas ao declínio cognitivo ao longo do tempo, incluindo déficits na linguagem, memória, atenção e capacidade de identificar e localizar objetos.
Em 2018, a JAMA Ophthalmology já havia apresentado essa evidência ao publicar que o comprometimento da visão tem duas vezes mais probabilidade de afetar o declínio cognitivo do que o contrário. O estudo incluiu mais de 2,5 mil adultos com idades entre 65 e 84 anos, cuja visão e função cognitiva foram testadas periodicamente.
“Quando as pessoas têm problema de visão, elas mudam a maneira como vivem suas vidas. Normalmente, diminuem as atividades físicas e sociais, as quais são importantes para manter um cérebro saudável, e isso as colocam em um caminho rápido para o declínio cognitivo”, explica a autora do estudo publicado pela JAMA Network Open, a epidemiologista Bonnielin Swenor. As informações são do “The New York Times”.
Para evitar essa consequência, a especialista recomenda manter a periodicidade dos exames de visão, principalmente para pessoas que sofrem de diabetes, glaucoma ou outras condições que podem prejudicar esse sentido. Em alguns casos, o uso do óculo com grau correto pode ser o suficiente, mas em outros, como doenças da retina, que começam aparecer por volta dos 20 anos, é necessário passar pela reabilitação da visão subnormal, uma espécie de fisioterapia para os olhos.
No dia a dia, alguns detalhes também fazem a diferença e promovem a saúde do cérebro para pessoas com dificuldade visual. Quem tem problemas com a percepção de profundidade, por exemplo, pode incorporar recursos em casa, como tiras coloridas em degraus de escada, texturas variadas de móveis e objetos com códigos de cores.